Resenha do livro Conspiração na Babilônia de Brad Crowley

Em meio a um jantar no palácio real, o general Sargon, maior autoridade do exército babilônico, cai morto em cima da mesa.
Preocupado, o Rei Nebucadnezar, inbumbe o médico real de esclarecer o motivo da morte e seus dois assessores, Nergalsharezer e Zevonakradash, de investigar quem poderia estar por trás de uma possível conspiração.
No dia seguinte, o filho de Nebucadnezar, Evil-Merodach, durante uma noite romântica com uma moça nos Jardins Suspensos, avista uma imensa chama consumindo o armazém de madeira do exército. Logo fica claro que se tratava de incêndio criminoso.
A partir desses eventos, uma série de mortes e atentados começam a ameaçar a estabilidade do até então inabalável Reino da Babilônia. Estrangeiros, assessores, cônsules e emissários locais e até integrantes da própria família do Rei passam a ser suspeitos de uma conspiração entranhada no coração do Terceiro Império Babilônico.
Embarque neste romance histórico de suspense e viaje pela cultura e geopolítica da Babilônia no século 06 A.C. e suas nações vizinhas, Egito, Fenícia, Pérsia e Aram.

Olá amados leitores!
Quero dividir com vocês essa grande obra que chegou em minhas mãos e que me deixou curiosa desde o momento em que meus olhos alcançaram o título sobreposto na capa.
Conspiração na Babilônia é tudo o que uma boa história de ficção deve ser. Com uma narrativa que prende o leitor do início ao fim, o livro exibe doses maciças de suspense e aventura, além de trazer informações sobre um período há muito esquecido.
O autor coloca a Babilônia diante do leitor como um lugar existencial e contemporâneo ao empregar uma linguagem bastante moderna
Localizada numa região fértil e significativa para rotas comerciais, a Babilônia tornou-se notória como centro econômico, cultural e cosmopolita. Seguindo essa trajetória, o autor descreve uma Babilônia cheia de requinte e sofisticação, e em paralelo, há a denúncia da exploração dos menos favorecidos formada por lugarejos povoados pelos mais pobres e que mantém a Babilônia com sua mão de obra.
Abordando uma temática extremamente bélica, esta obra nos faz refletir sobre a importância da criação de um lugar que seja modelo mundial a ser seguido, e como esse ambiente se torna alvo de destruição e confusão.
Partindo da premissa de que a Babilônia é logo ali, a ideia de aniquilamento se torna fácil para os possíveis inimigos indesejáveis desse grande eixo referencial.

A mistura de línguas já era evidente e exigia a presença de um poliglota para a tradução de outros idiomas, e quem sabe, inibir a invasão de possíveis estrangeiros inconvenientes.
Os acontecimentos são expostos de forma clara e objetiva, o que facilita ao legente acompanhar uma série de eventos misteriosos que só aumentam a vontade de descobrir quem está por trás de todos os crimes que aflige a todos os habitantes dos jardins suspensos.
Vale a pena ler e indico principalmente para quem gosta de livros que contêm mistérios a serem desvendados.
Conspiração na babilônia é uma ficção muito instigante, principalmente porque o autor explora a confusão das línguas como peça chave para articular a trama e amarrar o enredo com perfeição.
Aos reis dos grandes impérios fica o recado: fazer um universo divertido nem sempre é o melhor caminho para ganhar destaque como ditador das leis mundiais.
Fica aí a dica para quem aprecia e respeita os nossos autores nacionais. O livro é apaixonante e muito bem escrito.

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