quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Entrevista com Célia de Lourdes Santiago

 

Entrevista com Célia de Lourdes Santiago

Campanha: Por um Final de Ano Sem Acidentes

 

O final do ano se aproxima com: datas comemorativas, festas e férias. Mas o problema é que ele sempre vem acompanhado de acidentes automobilísticos.

Pesquisas confirmam que, desde os anos 70, os meses com mais acidentes automobilísticos são: novembro e dezembro.

Assim, nesse mês de novembro, voluntários iniciam a campanha:

“Por um Final de Ano Sem Acidentes”

Esse projeto é acompanhado nas redes sociais pela hashtag: #porumfinaldeanosemacidentes

A campanha também consiste em profissionais da comunicação ou blogueiros entrevistando pessoas que sofreram acidentes nessa época e até hoje possuem sequelas doloridas.

Segundo a psicóloga especialista em trânsito, Cida Silva, “os meses de novembro e dezembro são repletos de acidentes automobilísticos porque há um clima de festa e euforia. Pois as pessoas bebem mais e extravasam mais porque, no final do ano, elas têm uma falsa sensação de missão cumprida. Assim perdem a noção de responsabilidade no trânsito. Pois, no meses de novembro e dezembro, pessoas irresponsáveis pensam que têm poderes fantasiosos. Por isso campanhas como essa são essenciais para diminuir os acidentes no trânsito nessa época.”

Célia de Lourdes Santiago foi vítima de um acidente automobilístico nos anos 80 e até hoje sofre as sequelas, que poderemos ver com mais detalhes na entrevista abaixo:

1 – Quando e como aconteceu seu acidente?

11 de novembro de 1.982 entre as ruas Mal. Deodoro e Conselheiro Laurindo (Curitiba ) por volta das 23:50 horas. Eu estava indo à rodoviária para viajar de ônibus para Porecatu ver meus pais ( 11 meses sem vê-los). Eu tinha 20 anos

Estava sentada no banco carona do fusca. Veio um corcel, no sentido Mal.Deodoro /Santa Cândida, que bateu no fusca rodopiou e parou. O motorista que estava me levando à rodoviária acelerou a velocidade pois tinha atravessado sinal vermelho, passamos entre uma árvore e um poste à frente e só paramos quando ele freou bruscamente diante de uma enorme valeta na construção de um prédio. Ao meu lado tinha um posto de combustível.

 

2 – O que os médicos falaram na hora?

Fui levada ao Hospital das Clínicas, médico atendeu , tomei injeções e voltei pra casa ...as pernas muito quentes mas não senti dor.

 

 

 

3 – Por quanto tempo ficou hospitalizada?

Uma semana após voltei ao Hospital das Clínicas ...ainda não tinha nada anormal.

 

4 – Quais as sequelas que ficaram?

Um mês após um ortopedista do Sus me respondeu com raio x que eu tinha 2 duas fraturas na bacia mas nada a fazer porque calcificou meio errado e pediu pra eu rezar muito pra não ter problemas sérios e graves no futuro.

14 anos após o acidente, em julho de 1996,  comecei a sentir dores fortíssimas no quadril esquerdo e mancar. Consultei com 13 ortopedistas em Curitiba.....nenhum deles sabia o que eu tinha.

Voltei pra Porecatu e me Consultei com o 14 ⁰ ortopedista mas este era em Londrina..Eu era portadora de necrose de cabeça de fêmur. Em setembro de 1997 fui operada onde foi adaptada prótese esquerda.. 12 anos sem dor mas a direita também necrosou neste tempo...Resultado: 9 cirurgias e ainda não se resolveram os problemas ortopédicos pois as dores são fortíssimas que tem horas que o chão some. No momento, estou aguardando mais 2 cirurgias pra novas reconstruções dos quadris.

Fiquei hospitalizada apenas para cirurgias..dependendo da situação, 5 dias a 21 dias mas já fiquei 49 dias internada com fratura na prótese e prótese solta aguardando vaga pra cirurgia.



5 -  Você conseguiu trabalhar depois, mesmo com seu corpo doente por causa do acidente?

Após a primeira cirurgia já não consegui mais trabalhar. Pois passei a sentir dores muito fortes e também a perna direita estava também necrosando. Então fui aposentada por invalidez.

6 – Quantos remédios você toma por dia?

Tomo muitos remédios...já troquei vários...depende da intensidade da dor. Por isso, gasto muito com farmácia e exames com nove especialistas.

Minhas cirurgias são feitas pelo Sus. Mas quando tomo remédio para dor ortopédica, ataca algum outro lugar. Lá vou eu para especialistas e assim a conta aumenta com tantos gastos.

7 – Quais os problemas de saúde você tem hoje em decorrência do acidente?

Uso andador desde 2018. Sinto dores fortíssimas nos quadris. Pois tenho: Bursite trocantérica. Também ciático e tendão inflamados, artrose no joelho e próteses soltas novamente 😢


Preciso muito de ajuda com os medicamentos, exames, consultas que muitas vezes têm que ser rápidas. Tenho faturas de exames pendentes.

 

8 – Quais os conselhos que você dá para as pessoas que dirigem?

Eu não tive culpa do acidente ...então peço aos péssimos motoristas que tenham mais responsabilidades principalmente com quem carregam em seus carros e se quiserem se matar, vão sozinhos , não machuquem nem marquem as pessoas com sequelas pois quando a dor do próximo não nos afeta, os doentes somos nós.

9 – Como as pessoas podem ajudar você?

Fiz a vakinha e preciso cobrir parcela hoje e não tenho. Se eu tiver 500 amigos pra me doarem 10 reais cada um , que bênção.

Pix:

43 9 96286589

 

10 – Deixe suas redes sociais e lugares onde você recebe doações.

Célia de Lourdes Santiago

Pix:

43 9 96286589

 

Então, vamos participar dessa campanha para que o trânsito não maltrate mais pessoas como a Célia!

#porumfinaldeanosemacidentes

Matéria escrita por: Luciana do Rocio Mallon



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Copyright © 2014 | Design e C�digo: Sanyt Design | Tema: Viagem - Blogger | Uso pessoal • voltar ao topo