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O Último Capítulo (I
Am The Pretty Thing That Lives In The House – em inglês)
Lançamento: 28/10/2016
Duração: 1h29’
Escrito e Dirigido por: Osgood Perkins
Música: Elvis Perkins
Elenco: Ruth Wilson (Lily); Bob Balaban (Sr. Waxcap); Lucy
Boyntown (Polly) e Paula Prentiss (Iris Blum).
A enfermeira Lily é contratada para acompanhar uma
escritora de livros de terror, já idosa, Iris Blum, em sua casa. Casa esta que
foi construída em1912, como presente de casamento para a recém casada Polly
Parsons, mas o casal desaparece antes mesmo de mobiliá-la. Lily, ao ser chamada
pela escritora de Polly é sugerida a ler o romance A DAMA NAS PAREDES, onde ela
começa a compreender a história trágica daquela casa. A esposa é morta pelo
marido e sepultada na parede da casa e desde então vaga pelos seus cômodos. Ao
final, ao ver-se frente a frente com o fantasma de Polly Parsons, a enfermeira
morre e em consequência da falta dos cuidados necessários a escritora também
morre.
O filme é de terror psicológico e a fotografia, os zoons
da câmera e um quase monólogo da personagem Lily é que provocam, de fato, o
pavor. Há um constante cricrilar de grilos e cigarras, a TV que nunca funciona
e só fica em estática (lembrando Poltergeist) são bastante sugestivos também. O
estado de alerta em que ficamos vendo-o, a sensação de perigo e terror iminente,
que, no entanto, raramente se realiza é o que prende mais a nossa atenção e que
dá uma sensação angustiante. A tensão no diafragma. Já no início, uma fala de
Lily nos deixa em a alerta: “As roupas
brancas fazem com que os pacientes sintam que eu não posso ser tocada. Mesmo
que a escuridão caia sobre eles por todos os lados, se fechando como uma
garra.” E pouco depois, quando ela está na cozinha telefonando e o fio do
telefone vai se esticando até que o aparelho lhe é arrancado violentamente da
mão. As cenas vão se desenvolvendo com lentidão calculada, os constantes closes
nas portas e escadas que ligam os dois pavimentos da casa nos compelem a
esperar sempre por algo que não acontece e isto nos faz grudar-nos na tela.
Para quem gosta de arquitetura e objetos antigos também é um deleite.
Diferentemente de alguns críticos do filme (embora no
cômputo geral ele tenha sido considero um filme 4 estrelas) em momento nenhum
dos 89 minutos eu me senti entediado, aliás o vi em 3 dias (devido a uma festa
tradicional aqui em minha cidade) e, sempre que desligava o notebook, eu o
fazia com pesar em adiar o momento de vê-lo até o final. Recomendo muito,
sobretudo para quem gosta de um bom filme de terror sem aparições horrendas e
sem nenhum sangue. Não é um filme que lhe provoque gritos de pânico, mas
arrepios e esses arrepios não cessam nem depois que você deixa de vê-lo. Por
algum tempo, ainda na atmosfera de O ÚLTIMO CAPÍTULO, permanece em nós a
sensação de que algo está para acontecer. Gostei muito!
Assistam e me digam depois o que acharam do filme.
Excelente semana para todos.