terça-feira, 20 de junho de 2017

Resenha - Zodíaco

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Zodíaco (Zodiac, em inglês)

Lançamento: 1º de junho de 2007

Duração: 2h36’

Diretor: David Fincher

Atores Principais: Jake Gyllenhaal (Robert Graysmith); Mark Ruffalo (Inspetor David Toschi), fez também Bruce Banner; Anthony Edwards (Inspetor William Armstrong) atuou em Top Gun e Robert Downey Jr. (Paul Avery) estrelou Sherlock Holmes e Homem de Ferro.

Baseado em fatos reais, o filme trata da investigação da trajetória de um serial killer que cometeu crimes em San Francisco (Califórnia) do final dos anos 60 até meados da década de 70 e que envia 3 cartas a jornais diferentes, contendo um código que levaria a polícia ao seu autor. Ele exige que suas cartas sejam publicadas, sob a ameaça de continuar cometendo assassinatos. Depois de uma série se insucessos da polícia e do jornalista meio hippie, beberrão e debochado Paul Avery em identificar o assassino, o jovem e tímido cartunista Robert Graysmith, torna-se obcecado em encontrá-lo, ao ponto de perder emprego e família e colocar sua vida em risco para desvendá-lo. Mas o suspeito que foi identificado como sendo o Zodíaco, segundo informações ao final do filme, falece antes da conclusão das investigações e algumas provas e contraprovas ainda são refutadas, mantendo-se o caso em aberto até o momento.

Para quem viveu a década de 70, o filme traz boas recordações das músicas, carros, vestuário e costumes da época, já para aqueles que são mais jovens é uma boa oportunidade de conhecê-los e traçar um paralelo com a época atual. De ver o charme das redações de um jornal da época, com a correria para decidir a pauta de edição, os artigos sendo datilografados nas velhas máquinas de escrever, os cartunistas fazendo seus desenhos à mão e um editor-chefe nervoso e aos berros. No início o filme se arrasta, mas à medida que Graysmith deixa de lado os seus afazeres e torna-se obsessivo pelo assassino, o filme ganha uma maior movimentação e se torna interessante, sobretudo para quem gosta de suspense e séries investigativas como Criminal Minds, Arquivo Morto entre outras. Há momentos em que chegamos a sofrer da angústia e do stress do cartunista, que é bem retratada na frase se sua esposa Melanie, quando diz: “Faça o que tiver de ser feito, mas termine com isto”  e também se sentir constrangido com situações bizarras por que ele passa. E, embora o filme peque por frustrar-nos em nossas expectativas sobre o seu desfecho, para um escritor é um deleite ver o cartunista Graysmith, que em alguns momentos sofre assédio moral e é chamado de idiota pelos colegas, terminar como o autor de um best seller.

O filme, baseado no livro do escritor de não-ficção Robert Graysmith (nascido em Pensacola, Flórida, em 17 de setembro de 1942), não é empolgante como “Seven, os Sete Crimes Capitais” do diretor Fincher, mas consegue prender a nossa atenção e, apesar de tratar da trajetória criminosa de um serial killer famoso do século passado, traz poucas cenas de violência, o que o faz ser indicado para pessoas que possam ter uma maior sensibilidade. Considerei-o um filme entre, razoável e bom, porém não daqueles que eu veria novamente.

Uma boa semana a todos!

12 comentários:

  1. Adorei sua dica de filme, com certeza vou olhar, obrigado por fazer parte do blog. Abraços!

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    1. Oi Evandro, fico feliz que tenha gostado da minha estreia. Eu tive um certo receio, pois a minha experiência com resenhas se limitavam às do Ensino Médio. Com o tempo, a tendência é que melhorem. Obrigado pela oportunidade. Abraços!

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  2. Olá
    eu sou doida para assistir esse filme mas confesso que dá um medinho real,pelo fato de ser baseado em fatos reais,mesmo você dizendo que traz poucas cenas de violencia. Por que foi um dos casos que até hoje não teve conclusão...
    Tenso

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    1. Oi Jaque. Eu só vi o filme nesta semana que passou, apesar de ele ter sido lançado há 10 anos. Pode ver sem preocupação porque as cenas de violência são mínimas, talvez o mais assustador seja uma cena em que há apenas o perigo sugerido, mas muito light. Eu me interessei pelo Zodíaco porque em 2004 ou 2005 fiz uma pesquisa sobre serial killers para um projeto que tinha e que ainda está engavetado. Obrigado, abraços.


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  3. Adoro resenha de filmes!
    E a sua ficou ótima, muito bem escrita, e me deixou com vontade de ver o filme :D
    Adorei o elenco também. Mark Rufallo é maravilhoso! ♥

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    1. Oi Thayama. Obrigado. Fico feliz que tenha gostado e espero que leia-me nas próximas terças-feiras também. Ah, adorei o seu nome, é diferente, sonoro. Abraços.

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  4. Não conhecia esse filme, mas assim que vi essa resenha me apaixonei... Irei procurar, obg ;)

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    1. Oi Kelly, fico feliz que tenha conseguido interessar alguém por um filme, com uma resenha. Obrigado. Abraços.

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  5. Oi. Tudo bem?
    Olha já tinha ouvido falar desse filme, mas eu não sabia do que se tratava. Eu fiquei bem interessado no filme, pois adoro histórias relacionadas com serial killer. Adoro ler e assistir coisas sobre a temática. Já li algumas coisas desse serial killer, que inclusive é bem famoso. Sou jornalista também e acho que vai ser uma ótima experiência conhecer a redação jornalística da década. Achei muito boa a dica e um texto muito bom. Já anotei aqui e em breve vou assistir.
    Abraço!

    meuniversolb.wixsite.com/meuniverso

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    1. Oi Leandro. Tudo bem, obrigado. Eu não sou jornalista (é um dos sonhos que levarei ao túmulo sem concretizar, assim como ser pai de gêmeos. rsrsrsrsrs) e as redações daquela época são, de fato, algo que gostaria de ter vivido. Fico contente de ter conseguido passar uma boa impressão em minha estreia no blog. Abraços.

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  6. Olá!!
    Eu tenho o maior medo desses filmes, mas acabo vendo e quando é baseado em fatos reais como esse, eu vou procurar mais informações após assistir.
    Obrigada pela dica. Vou procurar pra ver!!
    Bjs
    https://almde50tons.wordpress.com/

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    1. Olá Além de 50 Tons. Obrigado por ler e comentar minha resenha. Veja e me diga se a resenha foi à altura do filme.Vou visitar o seu blog. Abraços.

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