Esse
é o quarto livro da série, Bruxos e Bruxas e não é difícil sua compreensão, porque
traz uma narrativa independente e coloca o leitor a par dos acontecimentos
passados.
Durante
os três livros anteriores da saga, é possível acompanhar os irmãos bruxos
Whit e Wisty Allgood enquanto tentaram, contra todas as probabilidades,
combater o mal que se instalou na cidade. O
Único Que É O Único, assim chamado o vilão da história.
Whit
e Wisty (protagonistas da série), agora membros do conselho buscam reconstruir a cidade depois
de derrotar o antagonista mais malvado do mundo.
Tudo
parece correr bem, quando surge uma nova ameaça encarnada na figura do tirano
rei da montanha. Ele é um mago que resiste ao tempo e que deseja, a qualquer
preço, dominar o povoado.
Sem
água e prestes a ficar sem alimentos, a população conta com os irmãos Allgood
para sobreviver.
O
interessante é que o autor atualiza os fatos e cria um universo paralelo à
nossa realidade, como se a magia andasse lado-a-lado com tablets e smartphones,
essa tecnologia que nos fascina. Esse trocadilho agrada muito ao leitor.
Geralmente, as histórias de magia se distanciam do nosso universo real e cai em
um plano quase que impossível de acreditar na possibilidade de sua existência. Não é o que se vê por aqui.
A
organização dos capítulos, também, é algo que merece destaque, porque causa um
diferencial do que se vê em outros livros. Não há uma preocupação, por partes
dos autores, em especificar o que ocorrerá. Isso ajuda na fluidez da leitura.
O
livro traz dois focos narrativos. Um em primeira pessoa, que permite entrar bem
no enredo e, principalmente, na mente de Whit e Wisty. Mas isso é desfeito em
outros capítulos que transfere a narrativa para uma perspectiva em terceira
pessoa em que os personagens coadjuvantes relatam os fatos pelos seus pontos vistas.
No
entanto, há algo que no faz refletir sobre essa comunidade nada utópica. Nesse
quarto volume da série, temos uma sociedade que acabou de sair de um regime de
ditadura comandado pelo vilão da história e que é derrotado pelos irmãos
Allgood. Parece que até aqui, tudo bem, só que não. A sociedade está
literalmente quebrada e, agora, sob a ameaça de outro líder tirano e arrebatador,
o Rei da Montanha.
O
que ocorre, neste caso, é um romance dentro de um contexto de ditadura. E não a
ditadura dentro de um contexto romântico.
Segue uma prerrogativa do subtítulo – O Beijo. Por mais sarcástico que
pareça, dá uma dica de como vai ser a história (um romance em tempos de
ditadura). Isso mostra que mesmo em um cenário não muito atraente e com pouco perspectiva, ainda reside o "amor".
Então,
falar de bruxos e bruxas não é algo tão novo e também, não é algo remoto.
Sempre iremos nos deparar com essas criaturas em algum momento de nossas vidas
literárias.
Você,
que é fã de Harry Potter, quando chegar aos quarenta, verá que outras versões
de bruxos invadirão sua tela e seus filhos irão cair de queijo e ficarão
fascinados. Essas histórias jamais sairão de nossas rotinas. Porque o mistério
é fascinante, e a fantasia é um doce veneno que nos vicia.
Voilà!
Amei sua resenha, parabéns e onde eu encontro estes livros, os quatro?
ResponderExcluirObrigada!
ResponderExcluirA saga completa está na Amazon e na Saraiva.
Abraços!
Deu até vontade de ler a saga, sempre vejo esses livros e pessoas que leram e confesso q vejo comentários bem adversos, mas acho a edição deles muito bonita e quero muito ter na estante. Um abraço!
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