Resenha – O Despertar (The Awakening, em
inglês)
Lançamento: 17/2/12
Duração: 1h47’
Nacionalidade:
Britânica
Direção: Nick Murphy
Roteiro: Nick Murphy e
Stephen Volk
Elenco: Rebecca Hall (O
Retrato de Dorian Gray – 2009), Dominic West (Centurião – 2010), Imelda Stauton
Obs.: disponível na
Netflix.
Em 1921, a cética Florence Cathcart dedica-se a desvendar
e desmistificar fenômenos paranormais à luz da ciência e da lógica, quando
recebe o convite para investigar aparições do suposto fantasma de um garoto assassinado
e que estariam ligadas à morte de outro menino, num internato da Inglaterra.
Nessa época a Europa está ainda traumatizada e curando as feridas da Primeira
Guerra, as pessoas estão entristecidas e brutalizadas e tendem a ser cruéis,
sobretudo com aqueles que dependem delas, como no caso dos alunos em relação
aos seus professores (a maioria deles doentes, doentios e excessivamente
enérgicos), diretores e demais funcionários. Há também o clima de tensão entre
o professor Robert, veterano de guerra e o zelador que, simulando deficiências,
não foi à guerra. Uma vez lá, a princípio ela é bem sucedida em encontrar
explicações lógicas para alguns dos fenômenos e até desvenda a causa da morte
do estudante – um ataque de asma, após uma crise de pavor -. Entretanto, novos
acontecimentos a encaminham para a aceitação da existência do sobrenatural. E,
uma vez que ela aceita e passa a investigar os acontecimentos paranormais e não
tentar desmistifica-los o filme nos conduz a um desfecho surpreendente,
conforme ela mesma traduz com a sua fala, num diálogo com o professor Robert: “Só vemos o que precisamos ver”. Muito
ao estilo de outro grande filme: SEXTO
SENTIDO (filme americano de 1999, escrito e dirigido por M. Night Shyamalan,
que tem no elenco Bruce Willis e Haley Joel Osment).
As locações do filme foram muito bem escolhidas, tanto o
prédio em que escola funciona quanto a região em que está situado são de muita
beleza, o enredo às vezes se perde e nos deixa um pouco perdidos também, não há
uma explicação prévia para a mudança que levará àquele final surpreendente, a
gente acaba por ter a sensação de que viu dois filmes em um e, neste caso, o
primeiro ficou mal acabado e o segundo começou quase do nada, o que não o
classifica como um filme ruim, ao contrário, é um filme muito bom com um
roteiro um pouco confuso. Tem em seu elenco a excelente Imelda Stauton (Oscar
de Melhor Atriz e Globo de Ouro – ambos em 2005) a Dolores Umbridge de Harry
Potter e Ordem da Fênix (2007) e Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
(2010)
Li algumas
críticas ao filme, críticas estas feitas por especialistas que tem uma visão
acadêmica que eu não tenho. Eu sei dizer apenas se e porque gostei ou não
gostei e, deste, eu gostei e recomendo. E porque gostei? Porque não tem cenas
de sangue e corpos mutilados, porque o terror é muito mais implícito e sugerido
do que propriamente mostrado e nos apresenta um final (ou finais, porque até às
últimas cenas cremos num desfecho e nos deparamos com outro) surpreendente.
Uma excelente e
harmoniosa semana a todos, com muitos finais surpreendentes e felizes.
Muito bom Francisco, excelente resenha me interessei em assistir o filme, parabéns.
ResponderExcluirOlá, Renato. Obrigado, espero que goste do filme também. Abraços!
ExcluirGostei bastante da sua resenha, suscinta e direta. O filme parece interessante, mas tenho um pouco de medo do terror psicológico em si. Muitas vezes são histórias lendas, é meio sonolenta. Como Anabele e a Bruxa.
ResponderExcluirMas acho que mesmo assim, vou dar uma chance para a produção rs.
Att
Ayllana Ferreira (cdc universogemini.wordpress.com)
Boa tarde, Ayllana. Obrigado. Abraços!
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